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A liberdade que escraviza
Vida & Lucros | Edição #080
Vivemos tempos estranhos.
Tempos em que liberdade virou desculpa pra tudo.
Nas empresas, nas famílias, nas escolas, parece que quanto menos regra, melhor.
Quanto mais flexível, mais moderno.
Quanto menos estrutura, mais autêntico.
Mas será mesmo?
Tenho pensado muito sobre isso desde que li um texto do Walter Longo.
Ele falava sobre o paradoxo da flexibilidade.
E quanto mais eu lia, mais me dava conta de como essa confusão sobre liberdade está por toda parte.
Todo mundo quer ser livre.
Livre pra dizer o que pensa, pra viver como quiser, pra trabalhar no que ama, pra viajar quando der vontade.
A palavra liberdade virou uma espécie de senha emocional do nosso tempo, algo que soa bonito em qualquer frase.
Mas, se você parar pra observar com calma, vai perceber que o que muita gente chama de liberdade hoje não é liberdade.
É só fuga.
Vivemos uma era que confunde limite com prisão e responsabilidade com opressão.
É o mundo que diz: “faça o que quiser, siga seu coração, nada deve te prender.”
Mas quando tudo é possível o tempo todo, nada tem peso de verdade.
E, sem perceber, essa busca cega por liberdade absoluta vai nos deixando presos.
Só que não presos às regras dos outros, e sim aos nossos próprios impulsos.
É só dar uma olhada ao nosso redor:
Empresas que dizem “aqui não tem hierarquia” e vivem em caos.
Famílias que evitam dizer “não” para os filhos e criam adultos frágeis, incapazes de lidar com frustração.
Gente que prega “liberdade financeira”, mas não consegue segurar um mês de gastos.
Tudo em nome de uma liberdade que cobra caro.
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Pense em como isso se encaixa na sua vida.
Sem princípios, sem estrutura e sem direção, qualquer impulso vira sua bússola.
Você passa a acordar todo dia se perguntando o que quer, em vez de se lembrar do que escolheu.
A liberdade sempre teve moldura e sempre precisou de forma.
E é essa forma que permite que ela exista.
Quando você define princípios, cria espaço pra improvisar sem se perder.
Ao estabelecer limites, ganha coragem pra ousar.
Por trás desse discurso moderno de “viver leve”, há uma negação profunda da maturidade.
As pessoas querem a liberdade do adulto com a irresponsabilidade da criança.
O prazer da escolha sem o peso da consequência.
O bônus sem o ônus.
Mas a vida não funciona assim, meu amigo, minha amiga.
Quando o ambiente não define as regras, cada um passa a tentar impor as suas.
Lugares sem regras são sempre os mais opressivos, porque viram território de quem grita mais alto.
Liberdade não é fazer o que quiser.
É saber o que deve ser feito, e fazer.
O mesmo vale pro dinheiro.
As pessoas dizem querer liberdade financeira, mas liberdade não é gastar o que quiser.
É poder escolher o que fazer com o que tem, e isso só vem com disciplina.
A liberdade que nasce do controle é muito mais poderosa do que a liberdade que nasce do impulso.
Quanto mais sólidas são as regras, mais espaço há para a liberdade adaptativa.
Um trapezista só voa porque existe uma rede embaixo.
Um time só joga solto porque sabe as regras do jogo.
Uma orquestra só improvisa porque todos dominam a partitura.
Ao contrário do que se pensa, quanto mais forte a estrutura, mais liberdade ela oferece.
E a maturidade vem quando entedemos que as regras não são muros, são guias.
Que os limites não foram feitos pra impedir o voo, mas pra garantir que ele seja possível.
E que, quanto mais firmes os princípios, mais fácil é mudar os meios.
Walter nos ensina que princípios (respeito, responsabilidade, justiça, coerência) são imutáveis, mas os processos (a forma de fazer, as ferramentas, os rituais) são mutáveis.
Confundir um com o outro é o que gera confusão e faz o essencial se perder no meio do modismo.
A liberdade saudável é como o Waze que o Walter cita em seu texto: o destino é claro e inegociável, mas o caminho pode mudar conforme a estrada.
Você pode ajustar a rota, mas não o propósito.
Pode mudar o trajeto, mas não o destino.
Repare bem e você vai ver que a vida funciona exatamente assim.
A direção precisa ser firme, mas o caminho pode ser flexível.
Rigidez nos princípios, leveza nos processos.
É essa combinação que constrói negócios sólidos, famílias fortes e pessoas que não se desmancham no primeiro imprevisto.
E é por isso que, paradoxalmente, quanto mais clara é a regra, mais livre é o jogo.
Até a próxima,
Gus
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O terceiro trimestre de 2025 acabou e o Ibovespa acumula uma alta de mais de 20% em reais e de 40% em dólares. No exterior, Bolsas em NY também operam no azul neste ano, e a paralisação do governo dos EUA (shutdown) é a notícia da semana. Luiza Paparounis, economista do BTG Pactual, explica o que é o shutdown e seus efeitos nos EUA e no mundo. Já Larissa Quaresma, analista de Ações, CFA, da Empiricus Research, fala da bolsa brasileira, principalmente se ainda há oportunidades de investimentos.
🎧 Ouvindo:
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Uma trilha afetiva, criada por mim, que atravessa tempos e sentimentos. Dos clássicos que marcam nossa memória às vozes mais contemporâneas que nos lembram que a MPB continua viva, diversa e pulsante. Uma experiência sonora que convida à saudade e à descoberta, perfeita pra acompanhar um café, inspirar um momento de reflexão ou simplesmente permitir que a beleza da música brasileira te envolva, enraizada e atemporal – uma ode sonora à contínua riqueza da MPB.
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