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Dinheiro sozinho não resolve
Vida & Lucros | Edição #055
Outro dia, num café em Curitiba, um cliente que já é meu há anos — e que tem mais de R$ 15 milhões investidos — me disse algo que ficou martelando na minha cabeça por dias.
“Gustavo, às vezes parece que tudo que eu construí é um castelo de cartas. Qualquer vento pode derrubar.”
A frase veio com um riso no canto da boca, mas os olhos não estavam rindo.
Ele tinha acabado de voltar de uma viagem em que o sogro passou mal, foi internado às pressas e, de repente, todo mundo da família teve que lidar com uma questão que ninguém queria olhar: sucessão.
No meio daquela confusão emocional, alguém perguntou: “E se isso acontecesse com a gente?”
Ele me contou que, pela primeira vez, sentiu medo de verdade. Medo de deixar tudo pra trás e o patrimônio virar um peso pra família, simplesmente por não ter organizado as coisas como deveria. Medo de que o esforço de uma vida virasse conflito, burocracia, desgaste.
“Eu tenho dinheiro, Gustavo… mas, de verdade, às vezes parece que eu não tenho nada.”
Aquilo me acertou em cheio.
Porque ele não é o único.
Tem muita gente assim.
Gente rica. Com tudo, menos paz.
Eu sempre digo que existem dois jogos na vida financeira.
O primeiro é o jogo da construção. Da conquista. Do acúmulo. É onde a maioria das pessoas está. Onde você precisa pensar em como ganhar mais, investir melhor, se organizar, crescer.
É um jogo difícil. Exige disciplina, inteligência, coragem, paciência.
Mas ele não é o último.
Existe um segundo jogo — mais silencioso, menos glamouroso, mas ainda mais sério: o jogo da perpetuação.
Esse é o jogo de quem já chegou lá.
De quem já venceu o primeiro.
De quem já tem muito.
E, se você ainda não tem esse patrimônio todo, esse texto também é pra você.
Porque, se continuar construindo com inteligência, uma hora vai ter.
E quanto antes entender o que está em jogo, melhor vai ser sua capacidade de se preparar — não só pra acumular, mas pra proteger, organizar e perpetuar o que vier a conquistar.
E é aqui que muita gente rica começa a perder.
Dinheiro sozinho não resolve.
Ele dá conforto, status, acesso.
Mas ele não dá serenidade.
Muito menos direção.
A verdade é que existem pessoas com R$ 10, 20, 50 milhões, e mesmo assim vivem com medo.
Não é medo de faltar.
É medo de não estar preparado.
Medo de morrer e deixar um inventário travado por anos.
Medo de adoecer e ninguém saber o que fazer com os bens.
Medo de conflitos familiares por falta de comunicação.
Medo de a empresa parar porque tudo está no CPF.
Medo de ver o patrimônio desmanchar nas mãos de herdeiros despreparados.
O medo de quem tem muito não aparece na conta bancária.
Ele aparece à noite, quando deita.
Ou nos bastidores de uma conversa entre irmãos.
Ou quando um testamento de um conhecido vira um campo de guerra.
Ou quando chega uma doença sem aviso e o mundo vira de ponta-cabeça.
E o mais perigoso é que tudo isso fica escondido atrás de uma sensação de segurança.
Porque, no extrato, tá tudo certo. O imóvel tá alugado. O negócio tá rodando. O saldo é alto.
Mas basta puxar o fio de uma pergunta simples pra perceber o tamanho da fragilidade:
“Se algo acontecer com você hoje, o que acontece com tudo isso amanhã?”
Se a resposta vier cheia de “acho”, “provavelmente”, “alguém vai saber”, “meu contador tem tudo” — então a verdade é só uma: você está exposto.
E é aí que começa o verdadeiro risco.
É duro dizer isso, mas tem gente que passou a vida inteira construindo patrimônio…
e nunca parou pra construir uma estrutura.
Tudo está no nome da pessoa.
Ou está pulverizado em dezenas de lugares, sem visão unificada.
Ou está no nome da esposa, do filho, do sócio, sem proteção jurídica.
Ou está “ajeitado” com o contador, mas sem estratégia nenhuma.
A holding não saiu do papel.
O seguro de vida é irrisório.
A previdência privada foi feita sem propósito.
A empresa não tem sucessão.
A casa está no nome da mãe.
Os filhos não sabem de nada.
É um caos silencioso, travestido de estabilidade.
Porque não dói agora.
Não atrasa a vida hoje.
Mas o estrago vem — e quando vem, é grande.
Se tem uma coisa que eu aprendi nos últimos anos, é que a vida não combina com improviso.
A gente acha que vai dar tempo. Que um dia a gente senta e organiza tudo.
Mas a verdade é que a vida acontece, e quase nunca no timing que a gente planejou.
A morte chega sem perguntar.
A doença interrompe sem aviso.
A confusão começa com uma frase mal colocada.
A família se distancia com pequenas omissões.
E aí, meu amigo… não adianta ter milhões.
O que você vai deixar?
Um legado ou um problema?
Não tô falando isso pra assustar.
Tô falando porque eu vejo isso todo mês.
Famílias que têm tudo pra dar certo, mas que carregam o risco de dar tudo errado.
E não é por maldade, egoísmo ou irresponsabilidade.
É por um motivo mais simples — e perigoso:
Porque nunca pararam pra olhar pra isso com seriedade.
Mas dá pra mudar.
Existe um caminho.
E ele começa com uma palavra: estrutura.
Estrutura é quando você sabe o que tem, onde está, por que está, em nome de quem está e o que vai acontecer com aquilo em qualquer cenário.
É quando o seu patrimônio tem um plano.
Quando a sua empresa tem sucessão.
Quando seus filhos têm clareza — e não só expectativa.
Quando seus seguros cobrem o que precisam cobrir.
Quando sua previdência conversa com seu planejamento sucessório.
Quando seus bens estão organizados juridicamente e protegidos de riscos civis.
Quando a herança deixa de ser uma bomba-relógio e vira uma bênção.
Eu passo os meus dias ouvindo histórias.
Algumas me emocionam. Outras me preocupam.
Mas todas me mostram que a riqueza, sozinha, não garante continuidade.
A gente precisa cuidar daquilo que construiu.
E cuidar de verdade.
Sem deixar na mão do contador, do advogado, do primo que manja.
Cuidar com carinho. Com intenção. Com visão de longo prazo.
E isso, Gus, você me pergunta… como começa?
Começa com uma conversa.
Com uma folha em branco, perguntas sinceras e decisões maduras.
É isso que eu faço.
É isso que meu time faz.
Todos os meses, escolhemos algumas famílias pra abrir essa conversa.
Com calma. Com técnica. Com empatia.
Sem fórmulas prontas.
Sem medo de ir fundo.
Sem vender nada.
A gente ouve, entende e ajuda a construir uma estrutura que dê paz — não só dinheiro.
Nas próximas edições da Vida & Lucros, eu quero abrir essa jornada com você.
Falar mais sobre proteção patrimonial.
Sobre seguros inteligentes.
Sobre previdência com propósito.
Sobre holdings e sucessão.
Sobre legado, governança e tranquilidade.
Porque esse é o novo jogo.
O jogo de quem já venceu no patrimônio e agora quer vencer na continuidade.
Se você leu até aqui, talvez essa conversa faça sentido pra você.
Ou talvez te lembre algum amigo ou alguém da sua família.
Se for o caso, manda esse texto pra ele.
Ou me chama. A gente conversa.
Porque a vida não espera.
E o que você construiu merece ser protegido — de verdade.
Até a próxima,
Gus
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