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O dinheiro tá indo embora. O seu tá indo junto?
Vida & Lucros | Edição #088
Gosto de observar como as pessoas reagem quando algum assunto bomba no noticiário.
E, ultimamente, está claro pra mim o tanto que existe de diferença entre o que se fala e o que realmente se faz, especialmente quando a conversa é sobre imposto, carga tributária e essa tal de fuga de capital do Brasil.
O tema virou briga política (pra variar), só que quem tem alguma coisa pra perder não está nem aí pra discussão de rede social, já está mexendo os pauzinhos faz tempo.
Tá sendo engraçado ver o pessoal “dando a vida” nos comentários de um post do CEO da Petz sobre esse assunto.
Ele disse que “rico saindo do Brasil” é papo furado demais, que não vai rolar isso aí, que é tudo exagero.
Eu até entendo o olhar dele, mas sinceramente?
Não é bem o que vejo, não.
Quanto maior a empresa, quanto mais dinheiro por trás, mais as pessoas estão vindo atrás de alternativas, opções lá fora, proteção gringa, jeitos de fugir.
E quer saber?
Faz sentido.
É pura matemática e sobrevivência financeira.
O curioso é que, em público, ninguém fala sobre isso.
De um lado tem gente berrando que rico tem que ser taxado, que empresário é mimado, que reclamar de imposto é egoísmo.
De outro, tem gente ameaçando ir embora, dizendo que não aguenta mais.
Só que, pelas conversas que rolam no meu trabalho (que eu chamo de consultório invisível), não é nada disso na prática.
Quem fala que vai embora quase nunca vai.
E quem fala que fica (ou não fala nada em público) tá, sim, mandando dinheiro lá pra fora, abrindo empresa no exterior, conta em vários lugares, procurando outra residência fiscal, diversificando pra não ficar preso.
Aquela história: as pessoas falam uma coisa pra parecer coerente com o que pensam, mas o dinheiro delas não mente.
A verdade é que ninguém precisa sair fisicamente do Brasil pra tirar o seu dinheiro daqui.
E é isso que tá acontecendo.
Você não vai ver muito esse movimento no portão do aeroporto.
Vai ver nos extratos, contratos de câmbio, relatórios bancários.
O Brasil tá querendo pagar seus erros jogando a conta pro colo de quem faz o país andar.
Só que quem faz o país andar não tem tempo pra ficar brigando por causa de ideologia.
O empresário, investidor, profissional de alto nível, aquela família que ralou pra construir patrimônio, essa galera já sentiu que o clima ficou hostil faz tempo.
O sentimento que mais escuto é cansaço, pura exaustão financeira.
Muita gente com a sensação de só trabalhar, trabalhar, e ficar com menos controle do próprio dinheiro.
Todo ano as regras mudam, toda hora aparece um imposto novo disfarçado de modernização pra bagunçar a previsibilidade.
Mas é mais fácil botar a culpa no “rico do mal” do que admitir que o país está espremendo justamente quem faz a economia girar.
Fica uma hipocrisia nos discursos querendo pintar como errado buscar eficiência tributária, proteger patrimônio, como se isso fosse feio, num país que nunca foi estável e que, sempre que precisa de grana, morde quem tá na frente (classe média alta, pequenos e médios empresários, sempre os mesmos).
E se reclamar, é ingrato ou privilegiado.
Teve esse caso que comentei naquele post do CEO da Petz falando que a fuga de capital já estava rolando, e choveu gente indignada dizendo que era mentira, fantasia da minha cabeça.
Só que, enquanto tá todo mundo brigando, as famílias mesmo já estão mudando os investimentos, ajeitando a parte tributária, se protegendo pra não depender do governo de plantão.
Resumo: discurso é uma coisa, vida real é outra.
Quase ninguém realmente sai de corpo físico, mas muita gente está, sim, mudando a residência fiscal do seu dinheiro.
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Um lance curioso também é gente endeusando imposto no Brasil, repetindo que “imposto é preço da civilização”.
Isso até faz sentido em país que entrega o básico, mas por aqui, imposto só financia uma máquina que não retorna nada na mesma proporção.
O que irrita quem produz é que boa parte dos defensores do aumento de impostos nunca sentiu a pressão de pagar 13º, manter estoque, segurar cliente enrolado, encarar meses fracos, segurar juros altos, investir em máquinas, negociar contrato pesado.
Falar que imposto tem que aumentar é moleza quando você nunca viu de verdade como isso pesa no bolso da empresa.
No Brasil, todo empresário sabe que sucesso vira uma dívida moral.
Cresceu?
Vira suspeito.
Prosperou?
Tem que explicar.
Gerou riqueza?
Vem gente querendo que banque tudo.
E, no papo de “taxar os ricos”, esquecem que nem tem rico suficiente aqui pra pagar a conta dos sonhos do país, e sempre sobra pra classe média, pro trabalhador e pro pequeno/médio empresário.
Nesses últimos três anos, vi muita família dando os primeiros passos pra estruturar a vida de forma global pra não ficar refém da bagunça daqui.
Empresário que nunca quis receita fora começando a olhar pro exterior.
Cliente que não cogitava abrir conta em dólar, mudou.
Gente já pensando na herança internacional antes da brasileira.
O movimento é silencioso, mas monstruoso, e desmonta o papo de que ninguém tá saindo.
Não precisa sair, só precisa reduzir a exposição ao risco (que é o) Brasil.
E, olha, por mais que incomode, isso não é de todo ruim, não.
Faz a galera ficar mais responsável pelo próprio dinheiro, força família a pensar em governança, empresário a tratar risco de verdade e investidor a realmente diversificar.
A maior mentira em torno de “fuga de capital” é fingir que proteger seu dinheiro é feio.
O Brasil é um país incrível, cheio de oportunidades e potência em várias áreas.
Mas também é instável, imprevisível, caro e enrolado.
Então, o investidor tem que proteger os próprios interesses.
Cada família que atendo não quer fugir do Brasil; quer só não ser atropelada por ele, guardar patrimônio pra durar além da próxima eleição e não depender do humor do ministro do momento.
Ninguém precisa escolher entre amar o Brasil e proteger o que é seu.
Dá pra fazer os dois.
Dá pra ficar aqui, criar filho aqui, investir aqui, trabalhar aqui e, ao mesmo tempo, não ser bobo.
Até a próxima,
Gus
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