O grande mito da rentabilidade

Imagine a cena:

Você está sentado em uma mesa com amigos e o assunto investimentos surge.

Cada um tem uma dica para dar:

"Aquela ação subiu 30% no ano passado!"

"O fundo de fulano está rendendo 15% ao mês!".

A conversa rapidamente se torna uma disputa para ver quem tem a melhor rentabilidade, o investimento da vez.

Mas será que isso realmente importa tanto assim?

Na maioria das vezes, os investidores estão obcecados pela rentabilidade, acreditando que o segredo para o sucesso financeiro está em escolher os ativos que irão render mais.

Mas existe um ponto fundamental que muitos não percebem:

A rentabilidade é, de fato, a variável menos importante — e, ironicamente, a única que você não controla e a que mais quer controlar.

Esse foco na rentabilidade pode se transformar em uma armadilha psicológica.

Ao priorizar o retorno dos investimentos acima de tudo, as pessoas se colocam numa posição de constante ansiedade e insatisfação, se expondo a riscos desnecessários em prol de um retorno de curto prazo maior.

Se o investimento não entrega o que prometeu naquele mês ou ano, surge a frustração.

Essa busca obsessiva pela “rentabilidade ideal” leva muitos a agir de forma impulsiva, trocando de investimentos constantemente, seguindo promessas de alta rentabilidade que, em muitos casos, não se concretizam.

A “mágica” dos investimentos não está em encontrar a aplicação com maior retorno, mas sim no valor que você aporta e na consistência com que faz isso.

A rentabilidade pode ser comparada a uma estrada:

O mercado financeiro é uma via cheia de curvas, lombadas, buracos e inclinações.

Enquanto você não controla o estado da estrada, pode controlar a frequência e a quantidade com que “alimenta” essa jornada.

No texto de hoje, meu objetivo é ajudar você a abandonar essa mentalidade ilusória de buscar a rentabilidade a todo custo e passar a focar naquilo que está ao seu alcance.

Vamos explorar o papel dos aportes e como eles, ao lado do tempo, são os grandes responsáveis pelo sucesso a longo prazo.

Fique aqui comigo enquanto derrubo o grande mito da rentabilidade e mostro que, para construir patrimônio, o caminho mais seguro está no seu controle — e não nas promessas de retorno.