Quatro perguntas pra organizar uma vida

Vida & Lucros | Edição #090

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Encontrei, por acaso, um trecho desse discurso do Jim Rohn em um perfil do Instagram.

Interessado, fui buscar no YouTube o vídeo na íntegra.

Achei um vídeo antigo.

Qualidade ruim, palco simples, um homem falando por longos minutos sem precisar disputar atenção com nada além da própria ideia.

Um raciocínio sendo construído com calma, pergunta após pergunta.

Depois de assistir todo o vídeo, fui buscar mais a fundo pra conhecer o homem por trás do discurso que me chamou tanto a atenção.

De início, pensei ser um guru de autoajuda, desses que encontramos aos montes por aí.

Mas logo descobri que Jim Rohn era diferente.

Ele não foi um guru no sentido moderno da palavra.

Não vendia atalhos, não prometia transformações instantâneas, não usava uma linguagem inflada de positividade artificial.

Ele foi, eu diria, um pensador prático da vida adulta.

Alguém obcecado por responsabilidade pessoal, disciplina, hábitos e filosofia de vida.

Mas filosofia aplicada, não acadêmica, daquelas que explicam por que algumas pessoas constroem algo sólido ao longo do tempo e outras passam a vida inteira ocupadas, mas sempre no mesmo lugar.

A história dele ajuda a entender o peso do que ele dizia.

Rohn não nasceu rico, não teve uma formação acadêmica brilhante e não começou a vida em posição de vantagem.

Trabalhou, fracassou, teve sucesso cedo, perdeu tudo, reconstruiu e só então passou a ensinar.

Quando subiu em palcos para falar sobre mudança, ele não falava de um lugar teórico.

Falava de alguém que já tinha errado o suficiente pra entender que resultado é consequência, não desejo.

Nos anos 80, quando esse discurso começou a circular em gravações ao vivo, o mundo era outro.

Não existia feed infinito.

As pessoas sentavam pra ouvir uma ideia por uma hora inteira, e Rohn usava esse tempo pra organizar o pensamento da plateia.

Em vez de entregar respostas prontas, ele estruturava perguntas.

Em um de seus discursos mais famosos, foram quatro perguntas, pra ser mais preciso.

Perguntas tão básicas que parecem óbvias.

A primeira delas é “por quê?”.

Por que pagar o preço?

Por que trabalhar tanto?

Por que aprender mais?

Por que tentar se desenvolver ao máximo?

Por que buscar se tornar tudo aquilo que você é capaz de ser?

Jim dizia que essa era uma pergunta que ninguém pode responder por você.

Cada pessoa precisa ter sua própria lista de porquês.

E insistia em dizer que se o porquê é forte o suficiente, o como tende a ficar mais simples. 

Não fácil, mas mais claro.

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Depois do “por quê?”, Rohn avança para a segunda pergunta: “por que não?”.

Por que não ver até onde você pode ir?

Por que não aprender mais?

Por que não desenvolver novas habilidades?

Por que não descobrir que tipo de pessoa você pode se tornar?

Por que não ampliar sua influência positiva sobre o mundo?

Por que não ajudar mais pessoas do que você imagina ser possível?

Aqui o discurso começou a me incomodar mais.

O por que não? expõe limites que não são externos, mas permissões internas que nunca foram concedidas. 

A ideia silenciosa de que “isso não é pra mim”, que aparece em diferentes áreas da vida.

Gente que diz que não nasceu pra liderar, que não tem perfil pra aprender algo novo, que não combina com mudança, que não é feita pra crescer.

O por que não? exige honestidade pra admitir que algumas barreiras são mais narrativas do que reais.

A terceira pergunta é, pra mim, a mais desconfortável: “por que não você?”.

Aqui, Rohn sai do abstrato e vai para o pessoal.

Ele lembra algo quase ofensivo pela simplicidade: você tem cérebro, filhão!

Você pode tomar decisões.

Você pode estudar um plano.

Você pode mudar sua vida.

Você pode crescer imensamente nos próximos anos.

Você pode realizar seus sonhos.

Você pode cuidar melhor de si.

Você pode se tornar alguém mais forte, mais consciente, mais presente.

Por que não você?

O ponto dele não era vender uma fantasia de sucesso garantido.

Era desmontar a ideia da exceção negativa.

A crença de que existe algo estruturalmente errado com você, que faz com que todos possam avançar menos você.

Ao longo da vida, é fácil encontrar pessoas com menos recursos, menos apoio e menos preparo fazendo mais com o que têm.

E também gente cheia de potencial que passa anos parada.

A diferença raramente está na capacidade. 

Quase sempre está na disposição de assumir responsabilidade e sustentar escolhas simples ao longo do tempo.

A quarta e última pergunta fecha o raciocínio de forma incômoda: “por que não agora?”.

“Nunca houve um momento melhor.”

Fora de contexto, parece clichê.

Dentro do raciocínio completo, não é.

Rohn não defendia impulsividade, mas atacava o adiamento elegante. 

A tendência humana de empurrar decisões importantes para um futuro indefinido, esperando um momento ideal que raramente chega.

Muita coisa importante na vida não começa porque a pessoa espera estar mais pronta, mais segura, mais confiante, mas esse estado nunca chega por completo.

O tempo passa, a decisão continua pendente e a sensação de atraso aumenta.

Essas quatro perguntas, vistas em conjunto, formam um mapa simples e poderoso, estruturados em uma sequência lógica.

Primeiro, o motivo (por que?).

Depois, a permissão (por que não?).

Em seguida, a responsabilidade pessoal (por que não você?).

Por fim, a urgência consciente (por que não agora?).

É por isso que decidi dedicar as próximas edições da Vida & Lucros a destrinchar cada uma dessas perguntas com calma, quase que repetindo o discurso do Jim Rohn, traduzindo-o para o que considero ser a vida real.

Para o cotidiano de quem quer viver melhor, com mais intenção e menos adiamento.

Essa não é uma série pra animar.

É uma série pra organizar, pra incomodar em alguns pontos, mas acima de tudo, pra ajudar a fazer perguntas melhores.

Tudo isso porque eu entendo que a qualidade da nossa vida costuma ser um reflexo direto das perguntas que temos coragem — ou não — de responder.

Na próxima edição, vamos começar pelo início.

Pelo “por quê?”, o motor invisível que sustenta decisões difíceis quando a motivação falha.

Se você nunca parou pra pensar nisso com profundidade, essa pode ser a parte mais importante de todas.

E, se você já pensou, pode ser hora de revisar a resposta.

Até a próxima,

Gus

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