Quer ser sócio da Ford ou da Ferrari?

Vida & Lucros | Edição #073

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No início de agosto participei da imersão Traktion, um evento seleto que reuniu 30 empresários selecionados pelos cofundadores da Conquer e sócios da Wiser Educação, Hendel Favarin e Josef Rubin. Foi uma experiência intensa, com muito conteúdo prático, provocações diretas e aprendizados sobre o que faz um negócio dar certo e dar errado.

Em uma das falas, Josef trouxe uma pergunta que parecia simples, mas que se revelou poderosa: “Se você pudesse ter 10% da empresa, escolheria a Ford ou a Ferrari?”. Em seguida, mostrou essa tabela abaixo:

Fonte: Traktion Club

A maioria escolheu a Ford — inclusive eu. Era quase instintivo. Milhões de carros vendidos, presença global, faturamento gigantesco. Comparada à Ferrari, com seus pouco mais de 13 mil carros produzidos no ano, a escolha parecia óbvia. Só que aí o Josef começou a mostrar os outros indicadores: valor de marca, margens de lucro, eficiência do modelo de negócio. E, nesse momento, a lógica se inverteu.

A Ford vendeu, em 2024, mais de 2 milhões de veículos, faturou 184 bilhões de dólares e lucrou 5,9 bilhões. A Ferrari produziu apenas 13.752 carros, faturou 6,9 bilhões e lucrou 1,8 bilhão. Se parássemos aqui, a Ford ainda pareceria muito maior. Mas quando olhamos para o valor de mercado, a surpresa aparece: a Ferrari vale 75 bilhões de dólares. A Ford, apenas 48 bilhões.

Ou seja: 10% da Ford valeria 4,8 bilhões. Já 10% da Ferrari, 7,5 bilhões. A empresa que vende muito menos, fatura menos e emprega menos, vale mais.

E a explicação é simples: modelo de negócio.

A Ford joga o jogo do volume. Precisa vender milhões, sustentar fábricas imensas, enfrentar margens apertadas e lidar com todos os riscos de um mercado de massa. Qualquer deslize pesa. A Ferrari joga o jogo da exclusividade. Não precisa ser para todos. Vende para poucos, mas com margens altíssimas. Seu produto não é apenas um carro: é um símbolo. E símbolos carregam valor.

Esse contraste revela uma das lições mais importantes de negócios e investimentos: nem sempre é sobre quantidade ou sobre fazer mais. Geralmente, o que vence é fazer com mais qualidade e melhor.

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Muitos empresários quebram acreditando que sucesso depende apenas de esforço. Trabalham 14 horas por dia, sacrificam finais de semana e noites de sono, mas continuam presos a um modelo frágil. Como a Ford, vivem de volume e margem apertada. Já outros constroem negócios mais enxutos, mais eficientes, mais exclusivos, e conseguem resultados exponenciais mesmo com menos.

E esse raciocínio não se limita às empresas. Ele vale também para investidores e para a vida.

No mercado financeiro, vejo isso com frequência. Tem gente que se gaba de ter dezenas de ativos diferentes, como se quantidade fosse sinônimo de segurança. Mas muitas vezes isso é apenas dispersão. Assim como uma empresa com vários produtos sem diferenciação, essa carteira cheia de “um pouco de tudo” acaba sem identidade e sem estratégia.

Por outro lado, quem escolhe com clareza e define um modelo eficiente, consistente e diferenciado, constrói patrimônio sólido. Não precisa da escala pela escala, mas de eficiência e margem.

O mesmo vale para a vida. Quantos de nós não caímos na armadilha de encher a agenda de compromissos, acreditando que produtividade é sinônimo de ocupação? Quantos correm atrás de tudo ao mesmo tempo, mas terminam exaustos e sem resultado real?

A estratégia que funciona não é só decidir o que fazer. É decidir, principalmente, o que não fazer. A Ferrari vale mais do que a Ford porque decidiu não jogar o jogo do volume. Decidiu não tentar ser para todos. Decidiu ser única, e é essa clareza que gera valor.

Outro ponto que ficou marcado naquela imersão foi a ideia de que o lucro é importante, mas não é o jogo final. O lucro paga as contas, mantém o oxigênio, dá fôlego no curto prazo. Mas o que muda o patamar é o equity, o valor acumulado da empresa.

É por isso que a Ferrari vale mais. O mercado não olha apenas para o lucro do presente, mas para a eficiência do modelo e para a capacidade de gerar valor no futuro. Uma marca forte, com margens sólidas, com posicionamento diferenciado, sempre terá mais peso do que um gigante de margens apertadas.

Nos investimentos, é a mesma lógica. Dividendos são importantes, claro. Mas é o crescimento do valor patrimonial que transforma a vida financeira. Dividendos pagam o almoço. Equity paga a liberdade.

Essa reflexão me acompanha desde então. Tenho olhado para negócios, investimentos e até para minha rotina sob essa lente: será que estou sendo Ford ou Ferrari? Será que estou me esforçando demais em volume, quando poderia estar escolhendo um modelo mais eficiente, mais claro, mais diferenciado?

A essa altura, acho que você ja entendeu que esse texto não é sobre carros. É sobre escolhas, foco e sobre o jogo que você decide jogar. E não há certo ou errado. Há, como eu disse, escolhas.

Você pode viver como a Ford, que tem seu modelo de negócios baseado em escala. Ou pode viver como a Ferrari, que foca na eficiência e diferenciação.

E aí fica a pergunta que deixo para você hoje: em que jogo você tem apostado sua energia, seu patrimônio e sua vida? No jogo da Ford ou no jogo da Ferrari?

Até a próxima,

Gus

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Gosto de acreditar que o que consumimos molda o que construímos.
Livros, filmes, músicas — tudo o que alimenta a mente e o espírito também influencia nossas escolhas, nosso olhar e a forma como deixamos nossa marca no mundo.
Por isso, compartilho aqui um pouco do que tem me inspirado nos bastidores.

📚 Lendo:

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🎥 Assistindo:

  • Dept. Q — Netflix

    Se você curte crime psicológico com atmosfera intensa e personagens conflitantes, assista. A série acompanha o detetive Carl Morck (Matthew Goode), que volta ao trabalho após um tiroteio traumático e lidera uma equipe improvável num porão em Edimburgo. O caso é desvendar o sumiço de uma promotora há quatro anos. É sombria, tensa e tem um clima noir escocês que segura a atenção do começo ao fim.

🎧 Ouvindo:

  • Música Clássica para Concentração — Apple Music Classical

    Manter o foco pode ser uma tarefa difícil. Com tantas distrações, é sempre bom lembrar o quão clara e precisa é a música clássica. Suas melodias se tornam um aliado decisivo para manter a atenção nas tarefas, sejam elas ler, escrever, cozinhar, estudar ou trabalhar.

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