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Uma longa história de 5 semanas
Vida & Lucros | Edição #005
São 21:24 de sábado, 13 de abril de 2024, momento em que escrevo a primeira frase da edição #005 da Vida & Lucros.
Esses números mais completos, mais "cheiões" e terminados em "0" e em "5", dão uma sensação de vitória, não dão?!
5 edições, 10 anos de empresa, 1.º aniversário de namoro, 25 anos de casamento, os primeiros 10 km de corrida e por aí vai.
Só eu sei o quanto tem sido caoticamente excitante essa jornada de escrever minha newsletter.
E já adianto: se engana quem acha que é só se sentar, abrir o notebook e começar a escrever.
Que bom se fosse!
Música para meus ouvidos
No ano passado, decidi me desafiar a começar algo novo, que me tirasse da zona de conforto.
Não que eu estivesse confortável, pois meu trabalho, por si só, tem sido bem estressante, obrigado.
Deixo claro que isso não é uma reclamação, pois sou grato e amo o que faço.
É apenas uma constatação.
De qualquer forma, sinto há algum tempo que realizar a mesma tarefa por anos está restringindo minha criatividade.
E meu trabalho precisa da minha criatividade.
Meu casamento precisa da minha criatividade.
Meus relacionamentos interpessoais precisam da minha criatividade.
Meu futuro depende da minha criatividade.
Refleti sobre diversas alternativas para transformar essa situação e, por um período, a que mais me atraía era retomar os estudos de música.
Eu simplesmente amo música e até considero que tenho um certo talento para cantar e tocar.
Estudar música treinava minha memória ao decorar canções.
Minha coordenação era aprimorada ao praticar horas por dia, aperfeiçoando a técnica dos instrumentos.
A habilidade de aprendizado era exercitada ao ler cifras e partituras.
Por fim, minha criatividade era estimulada ao compor minhas músicas.
Porém, como não fiz dela minha profissão, acabei deixando de lado e partindo para outras áreas.
Devido a isso, hoje, minha técnica instrumental é bem atrofiada e minha afinação e extensão vocal já não são das melhores.
Se colocar uma partitura na minha frente então, nem sei mais por onde começar a tocar.
Estudei música no Conservatório de Música Popular Brasileira (CMPB) de Curitiba, dos 12 aos 17 anos.
Lá, fiz aulas de violão (meu principal instrumento), canto, teoria musical e um pouco de percussão.
Lembro dos nomes de todos os meus professores, e era só gente de gabarito: Cláudio Menandro, de violão, Adriana Fabro, de canto, Aglaê Frigeri, de percussão e Cristiane, de teoria musical.
Me lembro que ia para a aula de manhã, voltava para casa, almoça e pegava o ônibus para o Conservatório.
Passava todas as tardes da semana lá, pois mesmo quando não tinha aulas, cumpria horas de trabalho na biblioteca do CMPB para pagar a bolsa que havia conseguido para custear meus estudos de música.
Ah, como eu era feliz naquela época!
(Aqui, agora, meus olhos estão cheios de lágrimas e meu coração transbordando de alegria só de lembrar!)
Bem, o tempo passou e eu mudei de ideia.
Vi que voltar à música poderia esperar.
Decidi me jogar em algo que ainda não tinha feito, mas que pudesse agregar ao meu trabalho e aos meus projetos profissionais.
Um caso de ódio e amor, nessa ordem
Escrever sempre foi um calo no meu pé.
Durante o cursinho preparatório para o vestibular da UFPR, eu costumava faltar nos dias de simulado.
Eu sabia que esses dias eram cruciais para avaliar o progresso da preparação e do aprendizado, mas fazia isso para evitar ter que escrever a redação do simulado.
Eu odiava escrever.
Comecei a olhar a escrita com outros olhos depois que conheci e passei a acompanhar, há alguns anos, o Henrique Carvalho (HC, para os íntimos!), fundador do Viver de Blog, nas redes sociais.
Além do conteúdo de alto valor que ele produz, a grande e fiel audiência e a forma como ele faz dinheiro na internet mesmo tendo um jeitão parecido com o meu, mais introvertido, sempre me chamaram a atenção.
Em 2021, decidi então entrar na turma do curso Escritor Milionário, do HC, e peguei gosto pela coisa.
Aprendi que escrever é método, técnica e repetição.
Mesmo assim, não havia começado nada nessa área.
Até que, no fim do ano passado, vi que o HC estava com um novo projeto em torno do tema das newsletters, batizado de Alquimia da Mente.
Achei muito bom e resolvi estudar um pouco sobre esse mercado, para ver se valeria a pena investir meu tempo e meu dinheiro naquilo, e fazer desse o novo projeto que eu tanto buscava.
De longe, o que mais me chamou a atenção foi a possibilidade de usar as newsletters para criar uma comunidade, um grupo fechado de pessoas que engajam, interagem e gostam do meu conteúdo.
Um segundo atrativo foi ter um lugar para chamar de meu.
Aqui, posso expressar com profundidade minhas ideias, sentimentos e ações.
Gero mais valor e transparência do que nas redes sociais.
O empurrão que faltava foi conhecer e entender os conceitos de "mídia própria" e "mídia alugada".
"Mídia alugada" são as redes sociais, que podem me tirar do jogo a qualquer momento.
Instagram saiu do ar?
WhatsApp parou de funcionar?
Elon Musk brigou com o Alexandre de Moraes e este decidiu suspender o Twitter no Brasil?
Nada disso importa mais, pois agora tenho acesso direto e pessoal a todas as pessoas que fazem parte da MINHA COMUNIDADE através das newsletters.
Quando uma pessoa se cadastra, eu tenho para sempre o contato dela.
Isso é "mídia própria".
Pronto, estes três motivos bastavam e eu estava plenamente convencido.
Tomei a decisão e resolvi passar meu cartão de crédito novamente para o HC, e essa foi uma das boas decisões da minha vida nos últimos anos (a melhor delas foi me casar!).
Durante quatro meses, mergulhei nas noites e fins de semana para explorar o mundo das newsletters.
Aprendi o básico das ferramentas para lançar um produto mínimo viável (MVP), defini a linha editorial e escolhi o nome.
A propósito, o nome Vida & Lucros surgiu com a ajuda do ChatGPT.
Por fim, comecei a divulgação nas redes sociais.
E eis que, mesmo sem nenhum texto publicado e sem ter ideia do que escrever na primeira edição, comecei a receber as primeiras inscrições quase que imediatamente.
Foi um dia massa!
Como tem sido a experiência de escrever
Como tudo na vida que tem o potencial de trazer grandes resultados, escrever tem a parte boa e a parte ruim.
Para falar a verdade, sem me dar conta, comecei esse projeto em um momento conturbado da minha vida, o que tem potencializado a parte ruim.
Eu sempre fui um cara diurno.
Quando se trata de ser produtivo, de trabalhar ou de fazer exercícios, sou best friend da turma dos 5 a.m. e hater dos 8 p.m.
Apesar de ser o fundador e embaixador do lema "*o último apaga luz*" nas redes sociais, sou um zero à esquerda quando preciso fazer algo importante que demande raciocínio ou que seja mais do que mecânico e operacional.
É sério, viro um bagaço após às 19h.
Talvez seja a idade, os 38 nas costas começando a pesar.
Mas, com certeza, não é só isso.
O mundo ideal da escrita, na minha visão, é definir o tema da newsletter no fim de semana e escrever um pouco dela a cada dia, para ter tudo finalizado no sábado.
Todavia, como exemplo, hoje já é domingo, dia de enviar a newsletter, e cá estou eu escrevendo-a ainda, às 14:26.
Lembra que comecei o texto dizendo que era sábado à noite, né?
Pois é, fui até 1h da manhã de domingo e não terminei.
Atualmente, para mim, é impossível concluir um texto desse em uma única batida.
Eu chego tarde do trabalho, esgotado física e mentalmente.
Só tenho forças para jantar, tomar banho e me jogar na cama (no sofá, geralmente), e é o que tenho feito, muitas vezes.
Mesmo trabalhando de casa, sem ter que perder tempo com deslocamento, me sinto igualmente cansado.
Ainda estou me adaptando a essa nova vida e sinto falta de ter uma rotina estabelecida.
Confesso que não sou fã do home office.
Prefiro muito mais estar no escritório com meu time, mas faz parte do meu momento.
Às vezes, sinto que trabalho até mais em casa do que no escritório.
E assim, a semana voa e a escrita vai ficando de lado, se acumulando para o fim de semana.
Tem semanas que, no sábado, um dia antes de enviar a newsletter, ainda não decidi sequer o tema.
É raro, mas acontece muito!
Credo, isso aqui está parecendo o muro das lamentações!
Pode ser, mas confesso que estou feliz de ter meu "muro".
Onde mais eu poderia te contar todas essas coisas e me abrir com esse nível de detalhes?
No Instagram? Arrrggh!
Esse ano, me mudei de Curitiba para Campo Mourão e isso exigiu muitas viagens à capital do Paraná, pois tenho o compromisso de estar presente no escritório da empresa algumas semanas por mês.
O ritmo frenético dessas viagens semanais, acompanhado das frequentes visitas aos clientes em todo o estado, têm cobrado seu preço.
Meu nível de estresse aumentou consideravelmente de uns meses para cá e minha disposição para me exercitar está "lá no chinelo".
Durmo tarde, pouco (4 a 5 horas por noite) e já acordo cansado.
Algumas pessoas têm reparado nisso e até feito brincadeiras, mas não é só aparência; é esgotamento real.
Chega sofrer, chega de chorar
Apesar de todos os problemas, não pense que minha vida é ruim.
A verdade é que eu sou um cara de muita sorte passando por um momento meio conturbado.
Se for comparar com problemas reais da maioria das pessoas, eu tô é bem suave!
Tenho um trabalho que amo, sócios que admiro, um time espetacular trabalhando comigo, tenho a família que pedi a Deus, amigos de verdade e uma boa condição financeira.
Quero mais o quê?!
(Tá, se eu tiver a opção, gostaria só de dormir um pouco mais!)
Minha vida há 6 anos é que era de chorar.
Esse ano também tenho conseguido realizar alguns objetivos importantes traçados para 2024:
Me conectar com pessoas que são referência para mim em diferentes áreas, aumentando meu networking e construindo a minha comunidade.
Iniciar a terapia.
Começar a trabalhar de maneira profissional e estratégica, aumentando minha autoridade no digital.
Sigo me movimentando, como sempre, mas com mais direção.
"E a vida, o que é? Diga lá, meu irmão!"
A vida é o que acontece com a gente enquanto estamos fazendo outros planos.
Não, não foi John Lennon o autor da frase acima.
Foi Allen Saunders, um escritor, jornalista e cartunista americano, que a escreveu, em 1957, na revista Reader’s Digest.
Eu tenho acreditado e experimentado essa frase e acredito que você também deveria.
Quer ver?
Olhe para trás e veja quantas das coisas que você planejou aconteceram?
E pior (ou melhor)!
Analise sua vida atual e reflita: o quanto dela foi planejada, sonhada por 5, 10 ou 20 anos?
Arrisco dizer que você vai se surpreender com o resultado.
Acredito que planejar é sim, essencial.
Por favor, não me interprete mal.
Eu mesmo faço planos todos os dias.
Mas hoje sei que, na minha infinita insignificância, o futuro tem um considerável grau de aleatoriedade nesta Terra.
E sei que, mesmo antes de minha chegada, tudo já estava escrito pelo escritor dos escritores.
E não há nenhuma contradição nisso.
O que é a vida, afinal?
Como diz o poeta, “ela é a batida de um coração”.
São 18:12 de domingo, 14 de abril de 2024, momento em que escrevo a última frase da edição #005 da Vida & Lucros.
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🧠 Meu download mental
(1) Leia junto comigo 📕
Um clássico de Napoleon Hill, o livro ensina que nossa mente é um talismã secreto. De um lado é dominado pelas letras AMP (Atitude Mental Positiva) e, por outro, pelas letras AMN (Atitude Mental Negativa). Uma atitude positiva irá, naturalmente, atrair sucesso e prosperidade. A atitude negativa vai roubá-lo de tudo que torna a vida digna de ser vivida.
(2) Me assista tocando essa música 🎹
Coração Blindado - Grupo Revelação
Depois de anos parado, estou me desenferrujando no banjo. Esse vídeo já tem alguns meses, preciso gravar outro.
(3) O que estou assistindo 🎥
“Último Ato”, lançado em março desse ano na Apple TV+, é um thriller de conspiração que conta a perseguição incomum a John Wilkes Booth após o assassinato de Abraham Lincoln. É baseado na obra de James L. Swanson, best-seller do New York Times e vencedor do prêmio Edgar, sobre um dos crimes mais conhecidos, mas menos compreendidos da história.
(4) O que estou ouvindo 🎧
Essa playlist do Spotify é a minha preferida para quando preciso de foco e concentração.
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Obrigado por ler até aqui!
Até a edição #006,
Gus
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