- Vida & Lucros
- Posts
- A ferramenta mais subestimada do planejamento patrimonial
A ferramenta mais subestimada do planejamento patrimonial
Vida & Lucros | Edição #059

Nem sempre o maior risco é o que se vê. Às vezes, o problema está na ausência de estrutura.
Na semana passada, escrevi sobre o risco invisível que muitas famílias correm: o herdeiro despreparado.
Falei sobre a dor de perder alguém somada ao caos de não saber o que fazer depois. Mostrei como a falta de conversa, de preparo e de estrutura pode transformar um legado em problema, um patrimônio em motivo de discórdia, e uma história de sucesso em ruínas.
Mas entender o risco é só o primeiro passo. Agora é hora de falar das soluções.
Hoje começo uma nova fase dentro da nossa série sobre planejamento patrimonial. E vou direto ao ponto: o seguro de vida é, provavelmente, a ferramenta mais poderosa, subestimada e mal compreendida do planejamento patrimonial.
E é exatamente por isso que ele será o tema central desta edição.
Se me fosse possível, escreveria a palavra seguro no umbral de cada porta, na fronte de cada homem, tão convencido estou de que o seguro pode, mediante um desembolso módico, livrar as famílias de catástrofes irreparáveis.
Essa quinta carta é a continuação de uma conversa que começamos há quatro semanas atrás, sobre responsabilidade, patrimônio e maturidade. Se você chegou agora, ou se quiser se aprofundar, recomendo que leia também as edições anteriores dessa série:
O seguro de vida que te venderam… não é o seguro que você precisa

Por muito tempo, o seguro foi mal vendido. É hora de reposicionar a ferramenta como ela merece.
Vamos ser sinceros.
Por muito tempo, seguro de vida virou sinônimo de produto empurrado no balcão do banco. Algo que você contratava sem entender, junto com um consórcio ou financiamento, e que aparecia na fatura como “seguro prestamista”.
Pouca gente sabia para que servia. Menos ainda entendia o impacto que ele poderia ter na vida de uma família ou na continuidade de uma empresa. Resultado: o seguro ganhou má fama. Virou produto de vendedor, não de planejador.
Mas eu quero te convidar a olhar de outro jeito.
O seguro de vida, quando estruturado do jeito certo, com as coberturas certas, os valores corretos e dentro de uma estratégia bem feita, pode ser a diferença entre estabilidade e caos, entre luto digno e desespero financeiro, entre continuidade e colapso.
Seguro não é sobre morte. É sobre liquidez.

O inventário leva meses. O seguro bem estruturado é pago em até 7 dias.
Pensa comigo:
Você pode ter patrimônio alto, casa quitada, carros, investimentos, empresa. Mas se você morre, o que acontece no dia seguinte?
O que acontece enquanto o inventário é aberto, discutido, processado?
O que acontece enquanto os bens estão bloqueados, o banco suspende as contas, os imóveis não podem ser vendidos, os sócios não sabem como seguir e os filhos continuam precisando de escola, comida e teto?
Quem vai pagar os custos do inventário? O ITCMD? Os honorários advocatícios? As contas do mês?
Quem vai comprar o tempo necessário para o luto?
É aqui que o seguro de vida entra. Ele não resolve tudo. Mas resolve rápido.
Enquanto o inventário pode levar de 6 meses a 2 anos (ou mais, dependendo da estrutura da família e dos bens), o seguro, se bem feito, é pago em até 7 dias. Dinheiro limpo, livre de imposto, direto na conta do beneficiário, sem necessidade de inventário, sem burocracia, sem confusão.
Já vi famílias desmoronarem porque o patriarca morreu e os herdeiros não tinham como arcar com as despesas. Já vi viúvas tendo que vender apartamento ou carro às pressas. Já vi empresas entrarem em crise porque o sócio faleceu e não havia estrutura para lidar com a ausência dele.
Também já vi o contrário.
Já vi histórias lindas, de famílias que, mesmo em meio à dor, puderam respirar. Que tiveram o tempo necessário para se reorganizar. Que souberam lidar com a perda sem precisar pedir dinheiro emprestado.
E o ponto em comum entre todas elas foi o mesmo: o seguro de vida.
Seguro não é só para depois da morte. Ele pode proteger você ainda em vida.

O maior risco pode não ser a morte, mas a incapacidade. Seguro também protege você — ainda em vida.
Talvez você pense: “Mas eu sou jovem, saudável, produtivo… esse texto não é pra mim.”
Mas aqui vai uma verdade incômoda: o maior risco da sua vida pode não ser a morte, mas a incapacidade.
O que acontece se você sofre um acidente e fica 6 meses sem conseguir trabalhar? Ou se recebe o diagnóstico de uma doença grave e precisa parar tudo?
Quem garante a sua renda enquanto isso?
O seguro pode — e deve — incluir coberturas em vida. E isso muda tudo.
Com uma boa apólice, você pode receber uma indenização em casos como:
Diagnóstico de doenças graves (câncer, infarto, AVC);
Invalidez permanente (total ou parcial);
Incapacidade temporária para o trabalho (DIT);
Doenças terminais.
Isso é ainda mais importante se você é autônomo, empresário, sócio de empresa, profissional liberal ou o principal provedor da sua casa.
Conheço um cliente — médico cirurgião — que sofreu um acidente de moto e ficou 4 meses afastado. O seguro garantiu sua renda durante esse período. Pagou suas contas. Preservou seu estilo de vida. Evitou o desgaste financeiro em meio ao trauma físico.
Seguro, nesse caso, não foi uma despesa. Foi o que salvou a dignidade dele.
Curtindo a Vida & Lucros?
Clique aqui 👈 e me ajude a manter nossa newsletter gratuita, independente e com conteúdo de qualidade.
É rápido, sem custo e não precisa cadastrar seu e-mail — mas PRECISA clicar todo domingo, combinado? 😁
Seguro empresarial: quando a morte de um sócio pode significar a morte da empresa

Sem seguro, morre o sócio… e com ele, pode morrer a empresa. Planejamento evita colapsos silenciosos.
Agora vamos mudar o foco. E se o risco não for só pessoal, mas institucional?
Imagine que você tem uma empresa com outros sócios. São todos fundamentais para o negócio. Mas um deles morre.
O que acontece?
A parte dele vai para os herdeiros. E os herdeiros, muitas vezes, não têm preparo, nem interesse, nem vocação para a sociedade. Eles querem o valor. Querem a parte. E têm o direito de querer.
Mas... a empresa tem caixa para comprá-los?
Se não tiver, os sócios podem se ver obrigados a vender parte da empresa, abrir mão de controle, contrair dívida, ou aceitar um novo “sócio” involuntário.
É por isso que existe o seguro Buy-Sell Agreement — ou seguro de sócios. Ele garante que, na ausência de um dos sócios, os demais possam comprar sua participação da família, de forma justa e com dinheiro à vista. Sem briga. Sem estresse. Sem ruído.
Outro uso comum é o Key-man Insurance — quando a empresa contrata um seguro sobre a vida de um executivo-chave. Caso ele falte, a indenização vai para a própria empresa, garantindo recursos para reposição, transição e continuidade.
Já vi empresa de médio porte perder o sócio fundador e quase fechar as portas. Mas o seguro bancou a recompra da parte dele, garantiu capital de giro e manteve todos os empregos. Isso não é sorte. É planejamento.
Temporário ou Whole Life? Depende do seu objetivo.

Seguro temporário ou vitalício? A resposta certa depende da estratégia — e não de achismos.
Existem muitos tipos de seguro de vida. Mas os dois mais comuns (e mais estratégicos) são:
1. Seguro temporário
Cobre você por um período determinado (ex: até os 70 anos).
Tem custo menor.
Ideal para proteger família e herdeiros durante fase de construção patrimonial ou dependência financeira.
Indicado também para buy-sell de sócios, sucessão empresarial ou quitação de obrigações (dívidas, heranças).
2. Whole Life (vida inteira)
Seguro vitalício.
Mais caro, mas com possibilidade de acúmulo de capital e resgate.
Serve como parte da sucessão e também como instrumento de planejamento fiscal e patrimonial.
Bastante usado por famílias de alta renda nos Estados Unidos.
O modelo que usamos no BTG — inspirado na escola norte-americana — permite criar apólices 100% personalizadas, com coberturas múltiplas e sob medida.
Trabalhamos com seguradoras de primeira linha, como Prudential, Metlife, Mongeral, Omint e Icatu, e montamos soluções completas — pessoais e empresariais — com foco em resultado e proteção.
Nada de prateleira. Nada de produto empurrado. Tudo começa com uma conversa.
Como saber se eu preciso de um seguro de vida?

Se a resposta para “quem cuida se eu faltar?” te deixa inquieto, talvez o seguro seja o próximo passo.
Faça as perguntas certas:
Se eu faltar hoje, quem cuida do que construí?
Minha família tem acesso imediato ao dinheiro necessário para continuar a vida?
Existe patrimônio líquido suficiente para pagar impostos, inventário, dívidas e ainda manter o padrão de vida?
Meus sócios sabem o que fazer se eu faltar? Temos um plano sucessório?
Eu conseguiria me manter financeiramente se ficasse 6 meses sem poder trabalhar?
Quero que minha ausência se transforme em peso ou em proteção?
Se alguma dessas perguntas te incomodou... então você precisa, sim, considerar um seguro de vida.
As principais objeções (e como superá-las)

“É caro”, “é inútil”, “já tenho patrimônio”… Cada objeção esconde uma crença — e cada crença, um risco.
1. “Seguro é caro.”
Não ter seguro pode custar sua paz — e o futuro da sua família.
2. “Tenho patrimônio, não preciso disso.”
Patrimônio ilíquido não paga conta no dia seguinte. Seguro sim.
3. “Não quero gastar com algo que talvez nunca use.”
Você também não quer usar o cinto de segurança. Mas usa. E agradece por ter.
4. “Já tenho previdência.”
Previdência é importante, mas não substitui o seguro. Dilapida o patrimônio e o resgate pode demorar.
5. “Sou jovem e saudável.”
É exatamente por isso que o prêmio do seguro será mais barato. É agora que se contrata.
Como estruturamos isso no BTG (e por que fazemos diferente)

Nada de prateleira. Aqui, o seguro é estratégia. E estratégia se faz sob medida.
Aqui na Cordier, dentro do ecossistema do BTG Pactual, criamos soluções sob medida.
O processo é assim:
Entendemos sua estrutura pessoal, familiar e empresarial;
Identificamos os riscos, objetivos e gargalos;
Escolhemos as seguradoras certas e montamos um desenho completo;
Validamos juridicamente as cláusulas (beneficiários, sucessão, blindagem);
Acompanhamos a vigência e fazemos revisões periódicas.
Você não recebe uma apólice. Recebe um plano.
E esse plano pode ser a linha que separa a continuidade da ruptura, o legado da confusão, o futuro da instabilidade.
O fechamento que eu preciso te fazer

Não é sobre quanto você tem. É sobre o quanto você se importa com quem vai seguir sem você.
Já vi gente rica que deixou um rastro de caos porque morreu despreparada. E já vi gente comum que morreu pobre, mas deixou paz e estrutura.
Não é sobre quanto você tem. É sobre o quanto você se importa.
Seguro de vida não é sobre morrer. É sobre proteger quem vive.
É sobre garantir que, quando a dor chegar — porque ela sempre chega —, você já tenha feito a sua parte.
Se quiser conversar sobre isso, me chama.
Sem pressão. Sem obrigação.
Só o compromisso de construir, juntos, um futuro com menos risco e mais clareza.
Em uma família, o silêncio destruiu. Na outra, o diálogo construiu.
Até a próxima,
Gus
Espaço do patrocinador desta edição
A edição de hoje tem o patrocínio da 1440 Media.
Se você gosta de ler a newsletter toda semana, aqui vai um jeito simples de me apoiar — sem gastar nada.
Basta clicar neste link 👈 ou na imagem abaixo 👇 . É só isso: um clique. Nem precisa cadastrar seu e-mail.
Esse gesto rápido faz uma baita diferença pra mim e ajuda a manter o conteúdo gratuito e independente.
Obrigado por fazer parte da comunidade Vida & Lucros. Seu clique vale muito!
Looking for unbiased, fact-based news? Join 1440 today.
Join over 4 million Americans who start their day with 1440 – your daily digest for unbiased, fact-centric news. From politics to sports, we cover it all by analyzing over 100 sources. Our concise, 5-minute read lands in your inbox each morning at no cost. Experience news without the noise; let 1440 help you make up your own mind. Sign up now and invite your friends and family to be part of the informed.
Hora de estruturar o próximo capítulo
Se você sente que é hora de fortalecer sua vida financeira e garantir a continuidade do que construiu, estou pronto para te ajudar a estruturar esse próximo passo.
Responda este e-mail ou me chame no Instagram @ogustavopedroso.
Vamos desenhar juntos uma estratégia sólida e inteligente, que preserve o que você construiu e impulsione o que ainda está por vir.
🌿 O que alimenta a minha mente
Gosto de acreditar que o que consumimos molda o que construímos.
Livros, filmes, músicas — tudo o que alimenta a mente e o espírito também influencia nossas escolhas, nosso olhar e a forma como deixamos nossa marca no mundo.
De tempos em tempos, compartilho aqui um pouco do que tem me inspirado nos bastidores.
📚 Lendo:
Atitude Mental Positiva — Napoleon Hill & W. Clement Stone
Um clássico sobre como a atitude certa pode abrir caminhos que, à primeira vista, parecem impossíveis. Uma leitura que reforça a importância de cuidar do que se passa dentro da nossa cabeça.
🎥 Assistindo:
Imóveis de Luxo em Família — Netflix
Um reality que mostra o dia a dia de uma família francesa especializada em imóveis de alto padrão. Além do entretenimento, é uma boa aula sobre comportamento, negociação e o universo das famílias mais ricas da Europa.
🎧 Ouvindo:
Violão Instrumental Brasileiro — Playlist no Spotify
Música brasileira interpretada por grandes violonistas, perfeita para momentos de foco, escrita ou apenas para apreciar a beleza da simplicidade.
Como você avalia a edição da newsletter hoje?Seu comentário é fundamental para melhorar os conteúdos que escrevo para você. |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
Reply